O dia 15 de março, aniversário do início da insurreição de 1848, foi “a Festa que advertiu contra os ditames”, titula o Népszabadság. Cerca de 30 mil pessoas manifestaram-se esta semana em defesa da liberdade de imprensa, posta em causa pelo Governo de Viktor Orbán. O diário de esquerda publica um texto de Péter Molnár, um dos fundadores do Fidesz, o partido de Orbán. “A liberdade de imprensa é o segredo da liberdade”, escreve Molnár, que se afastou do partido, lembrando que “a primeira das doze reivindicações dos revolucionários de 1848 era, exatamente, a liberdade de imprensa e a suspensão da censura”. “Só os países onde essa liberdade é assegurada podem funcionar corretamente”, acrescenta Molnár. Citando o grande opositor István Bibó (1911-1979), o novo opositor do regime comunista, Péter Molnár, que se impôs como o novo campeão dos anti-Orbán, conclui: “Contrariamente à ideia largamente difundida, devemos afirmar que a política não suporta a mentira”.