Para trás ficou a possibilidade de um aumento na ordem de 30% como anunciou Passos Coelho.
Uma subida de 4% anunciada ontem pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
Para os consumidores que beneficiem da tarifa social, num universo estimado de 666 mil clientes, o aumento será na ordem dos 2,3%. O cálculo da ERSE estima que este aumento represente cerca de 57 cêntimos numa factura média mensal de 26 euros.
A subida dos preços aprovada pelo Conselho Tarifário, depois de submetida à apreciação da Autoridade da Concorrência e dos serviços competentes das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, entra em vigor a 1 de Janeiro e acontece apenas três meses depois do aumento do IVA de 6% para 23% na electricidade (e no gás).
A subida de 4% fica muito aquém do aumento na ordem dos 30% que chegou a ser admitida por Pedro Passos Coelho no Parlamento e é possível porque o Governo empurrou para 2013 os custos de manutenção de equilíbrio contratual a pagar à EDP e subsídios à produção em cogeração, além de outros encargos. No total, fica adiado para os próximos anos o pagamento de 1.080 milhões de euros, que acabaram por se reflectir na factura do consumidor final.