ataques sucessivos dos hackers são mesmo reais ou os típicos "false flag" das forças secretas?
A Procuradoria-Geral da República (PGR) está em alerta máximo e vai reforçar ainda mais o seu sistema de vigilância e políticas de segurança dos seus sistemas de informação para responder à ameaça de um mega-ataque informático a sites de várias instituições do Estado, já amanhã.
Os parâmetros de segurança da PGR já tinham sido reforçados quando foram noticiadas as primeiras intrusões em portais de instituições e organismos públicos, mas a ameaça perpetrada na internet pelos grupos de hackers – que apelam a todos os anónimos com conhecimentos de informática para que se juntem num ataque em massa a redes e instituições do Estado na mesma data em que se vai realizar o Conselho Europeu – não está a ser ignorada: a PGR vai apertar ainda mais o cerco aos piratas informáticos.
O site do Ministério da Economia foi o último alvo conhecido destes ataques, que começaram logo após a manifestação no dia da greve geral, em Novembro. O novo grupo LusitanianLeaks já reivindicou a autoria do ataque, no final do dia de terça-feira, deixou inacessível o portal do ministério. O grupo, que diz ter assim assinalado a sua estreia na onda de ataques, promete mais para sábado, um dia depois do que o grupo AntiSec ameaça ser uma sexta-feira negra para os sites do Estado.
Os movimentos também reivindicaram num chat na internet, um ataque informático aos sites do grupo Controlinveste Media. Os portais do “JN”, “DN”, “TSF” e “Dinheiro Vivo” estiveram em baixo na terça-feira e na manhã de ontem.
O “JN” divulgou ontem a promessa dos hackers de concretizarem um mega-ataque amanhã. Segundo o jornal, um “exército” de hackers inexperientes, conhecidos por “script kiddies”, estarão a ajudar os movimentos de hackers que desde o final de Novembro entraram ou tentaram entrar nas páginas de instituições portuguesas. A Polícia Judiciária tem várias investigações a decorrer, mas o i sabe que as investigações são tão complexas que não é possível obter resultados imediatos. O coordenador do Vigilis, que avalia o nível de segurança da Internet portuguesa, entende que os ataques feitos até agora são “fáceis de ser executados”, mas fonte da PJ diz que os meios para investigar o cibercrime são escassos e que a tarefa se complica porque implica reconstituir um crime num panorama virtual, percorrendo todo o caminho que o programa fez desde a origem. O grupo Lulzsec Portugal inaugurou a onda de ataques com intrusões nas páginas de organismos do Estado, bancos e partidos políticos, situação que levou o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) a instaurar processos-crime. As intrusões já levaram à divulgação de dados confidenciais como uma lista com contactos de email e telefones de 107 efectivos da PSP, a partir de um ataque ao site do Sindicato Nacional da Carreira de Chefes da PSP. O grupo terá também tentado entrar no site da PSP, mas sem êxito. O AntiSec juntou-se a 1 de Dezembro e já pirateou o site do SIS, Banco de Portugal, Caixa Geral de Depósitos, BES, Ministério da Educação, da Economia e da Justiça.