ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS ENDIVIDADOS

estudar vai passar a ser só para alguns, como "antigamente", no tempo de Salazar

Segundo um estudo realizado no Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES), do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), sobre a Linha de Crédito para Estudantes do Ensino Superior com Garantia Mútua mais de 11 mil estudantes universitários recorreram a empréstimos para ajudar a financiar os estudos nos últimos três anos. Ao contrário do que se poderia pensar os empréstimos não estão a ser captados apenas por estudantes oriundos de classes baixas, com menos recursos escolares e económicos, mas, em termos gerais, por inquiridos com origens sociais diversificadas, assim, se este programa não existisse, o financiamento dos percursos (de alguns) estudantes pelo ensino superior poderia ficar comprometido. De acordo com o estudo do CIES, os estudantes destinam os empréstimos principalmente para o pagamento de propinas (86,3 por cento), mas também para cobrir despesas básicas do quotidiano como transportes (48,4 por cento), alimentação (46,7 por cento) e alojamento (39,6 por cento).