AS MÁFIAS DOS AEROPORTOS

"catch me if you can", filme com Leonardo di Caprio sobre falsificações em companhias aéreas

Foi descoberta, no início de Janeiro, uma rede de 19 pessoas que inseriam produtos no nosso país, sem serem sujeitos às habituais taxas alfandegárias, e que operava no aeroporto Sá Carneiro. Este negócio, que eu saiba, já se pratica há muitos anos por vários comissários (que são menos inspeccionados) ou assistentes de bordo em várias companhias aéreas (desde o 25 de Abril, pelo menos). Por vezes, alguns pilotos participam igualmente no esquema por serem mais insuspeitos. Desta forma conseguem aumentar o seu rendimento com uma espécie de comissões das vendas daqueles que colocam os produtos à venda, normalmente câmaras fotográficas ou de filmar, aparelhos leitores-gravadores DVD, ou tecnologia de som.

Mas nos aeroportos há muitos esquemas, como por exemplo, o dos empregados de segurança que deixam igualmente passar determinados equipamentos ou droga nas bagagens dos passageiros “regulares” a troco de comissões. Também, na área da segurança aeronáutica, o problema das inspecções dos aviões, sobretudo dos low-cost, que muitas vezes permanecem apenas meia-hora parados, não permitindo a realização de uma inspecção em boas condições de segurança. Veja-se o recente acidente sucedido no verão de 2008 no aeroporto de Madrid, por uma empresa concorrente da multinacional IBÉRIA. E quantas vezes são vistas equipas de limpeza nas pistas de descolagem e aterragem, para evitar acidentes como o célebre acidente do concorde em Paris, ocorrido em 2001?...Ouvem-se também estranhas histórias de entrevistas para pessoal “assistente de voo”, como um Open Day realizado recentemente em Lisboa pela RyanAir, em que a maioria dos seleccionados, senão todos, “coincidentemente” possuíam tatuagens, algumas delas em locais visíveis, factor que era apontado na entrevista de trabalho como factor eliminatório liminar…