BANCOS DO TEMPO: UMA SOLUÇÃO PARA A CRISE...

utilizar o "tempo" como moeda poderá ser o futuro?...

Para aqueles que têm todo o tempo do mundo e não sabem o que fazer face ao desemprego crescente poderão encontrar neste tipo de bancos uma solução, pelo menos parcial para as suas vidas. Com a crise financeira a agravar-se e falta de “dinheiro vivo” (expressão muito utilizada pela máfia) e sobretudo com o agravamento da crise na Banca, serão os Bancos do Tempo o futuro? Num anúncio de um banco deste tipo pode ler-se: “O Banco de tempo - iniciativa do Graal - é um banco em tudo igual aos outros. Tem agências, horário, cheques, depósitos e a particularidade de utilizar o tempo como moeda de troca. O Banco de Tempo funciona da seguinte forma: qualquer investidor que esteja disposto a dar uma hora do seu tempo para prestar um conjunto de serviços, recebe em retribuição uma hora para utilizar em benefício próprio. Troca por Troca. Hora por Hora”. Neste momento, já abriram ou estão em processo de abertura as agências de Abrantes (Câmara Municipal), Coimbra (Paróquia da Sé Nova), Macedo de Cavaleiros (Câmara Municipal/ADIMAC), Montijo (Junta de Freguesia), e Pombal (Câmara Municipal/Centro Cultural).

Temos como alguns exemplos de serviços disponíveis a partilhar no Banco de Tempo:
- acompanhamento de crianças: tomar conta, levar/buscar à escola, ajudar a fazer os trabalhos de casa, brincar;
- activid. recreativas: andar de bicicleta, caminhar, cartas, ténis, xadrez, animar grupos, música, guia turístico, festas;
- ajuda doméstica: lavar o carro, a loiça, compras, ir ao correio, à farmácia, pagar as contas, limpar o pó, passar a ferro;
- animais e plantas: jardinagem, acolher/tratar de animais/plantas nas férias, ajudar a dar banho a animais (gato, cão);
- bricolage: pequenas reparações, arranjos de carpintaria, de electricidade;
- companhia: acompanhamento ao médico, conversar, passear, contar histórias, ler alto, ir a espectáculos e exposições;
- cozinha: fazer um prato especial, cozinhar refeições para congelar;
- lavores: arranjos de costura, bordados, ponto cruz, croché/tricô;
- lições: estudar, descontrair, explicações, jardinagem, informática, línguas, música, olaria, pintura, decoração, dança;
- secretariado e burocracia: correcções literárias, processamento de texto, documentos, impostos, certificados;
- colaboração com o Banco de Tempo: apoio em actividades burocráticas da agência e na organização de convívios.

Agora já sabe, neste “tempo difícil” que atravessamos, pode dar uso aos seus “tempos mortos” ou “tempos livres” e transformá-los em “tempos úteis” trocando o que antes estava desperdiçado por “tempo potencial” ou "tempo futuro"… O único problema é explicar nas bombas de gasolina e nos restaurantes que só podemos pagar com "tempo"... Nessa perspectiva este sistema interessantíssimo pode levar milhões de anos a ser implementado, ou então não, se entretanto toda a moeda desaparecer subitamente de circulação devido a uma recessão mundial séria...