O PERIGO DE MAIS MAIORIAS…

a solução política de Portugal poderá estar nos movimentos de cidadãos como o MEP

Sá Carneiro pedia governos de maiorias, e o seu desejo cumpriu-se. Com Cavaco Silva materializou-se o primeiro governo de grande estabilidade política e económica do pós-25-de-Abril. Depois vieram os socialistas e as maiorias passaram a ser “pedidas” por cada governo alternado PSD e PS, como forma de garantir dois mandatos na Assembleia da República (desta forma os políticos recebem uma reforma mais interessante!!!...). Os portugueses habituaram-se a esta “lenga-lenga”, esta “conversa-mole”, e lá foram dando as maiorias aos políticos, uns maus outros péssimos, cada vez a minarem mais a nossa já frágil economia. Eis então que aparece de “pára-quedas” uma crise global, vinda do nada, como que uma invasão, a última e derradeira invasão aos núcleos das pobres famílias portuguesas que, entre pagar dívidas aos bancos e tentarem colocar o pão na mesa para os seus filhos, têm ainda de ser perseguidos pelas finanças, pela GNR, PSP e pela ASAE… Depois de tudo isto, vem o Sr. Primeiro Ministro pedir uma maioria e “ameaçar” os políticos da oposição e os portugueses que sem maioria não governará!!!...AINDA BEM!!!... Porque ao menos não temos que levar com mais promessas pré-eleitorais falsamente falsas ou ver instalar um governo totalitário de extrema-direita em que o cidadão é o objecto principal das suas “preocupações”, quero dizer, das suas PERSEGUIÇÕES…

É absolutamente necessário DIVIDIR O PODER das potências políticas PS e PSD (que, da mesma forma, negoceiam entre si maiorias com alternância igualmente de cargos de direcção em empresas privadas e multinacionais) e respectivas coligações. A concentração de poderes leva a abusos cada vez maiores, ao ponto de os políticos já se darem ao luxo de mentirem descaradamente aos eleitores e de destruírem a moral e confiança destes na política. As pessoas não podem ser tão ignorantes e estúpidas ao quererem acreditar que estes dois partidos irão trazer algo de bom a Portugal, alguma vez mais, no futuro… A solução poderá estar em pequenos partidos e movimentos cívicos que tenham como pregão e máximas os direitos humanos, o emprego efectivo de todas as classes profissionais e etárias (que não obriguem ao desemprego e emigração), a reestruturação do pequeno e médio tecido empresariais através de incentivos à criação deste tipo de empresas, na maioria das vezes sufocadas de impostos e taxas antes mesmo de poderem progredir e competir com o violento mercado que actualmente apenas favorece os gigantes económicos e lobbies, favoráveis à movimentação de todo o tipo de máfias.