Muitas pessoas que procuram emprego já se depararam com inúmeras situações desagradáveis, muitas delas com contornos surrealistas. Muitos Centros de “Emprego”, por exemplo, convidam os inscritos a deslocarem-se a entrevistas, na maior parte das vezes a longas distâncias (situadas inclusivamente fora do próprio concelho) e que repetidamente resultam em “entrevistas fictícias”, posteriormente “canceladas” pelas entidades “supostamente” empregadoras. Este procedimento é muito frequente e levanta a suspeita da sua razão de existir. Se o objectivo é fazer as pessoas perderem tempo e gastarem dinheiro na deslocação e alimentação, então, pode-se dizer, que são bem sucedidos estes esquemas descarados de “incentivo ao consumo” que se utilizam de serviços públicos. Nestas situações não hesite em pedir o livro amarelo e descrever bem, em poucas palavras o sucedido. Estas situações têm de ser o mais possível, denunciadas. De seguida envie uma cópia da queixa para o máximo de jornais e televisões que puder, via e-mail. Perde um pouco mais de tempo, mas alguém vai deixar de se rir tão descaradamente e de brincar com as vidas dos mais necessitados!... Noutros casos, orientam os inscritos para cursos de formação de empresas privadas que “prestam serviços” ao Centro de Emprego, independentemente da temática do curso ter ou não a ver com a formação da pessoa. Também acontece muitas vezes induzirem o desempregado para outra função qualquer, o que acaba por o levar a ter de investir em formação específica, e quando este a obtém, já não encontra essa vaga ou trabalho nessa área profissional. Isso leva muitas pessoas a gastarem as suas já míseras economias em formações atrás de formações sem recuperação do investimento, apenas para lucro das empresas de formação, as quais depois de verem paga a última prestação não se preocupam mais com a situação profissional do formando.
Muitas agências de trabalho temporário pedem também abusivamente uma enorme quantidade de dados pessoais como n.º da conta bancária, passaporte, pedindo ainda para assinar declarações da Segurança Social como seu “empregado”. Da mesma forma que os Centros de Emprego, para demonstrarem trabalho, enviam aos inscritos, listas infindáveis de entrevistas, nos mais variados locais, para estes se “entretenham” a passear, pois na maior parte das vezes não são mais do que esquemas para o levar ao consumo. A maior parte destas empresas nem sequer estão devidamente informatizadas com bases de dados pois o seu objectivo financeiro é, muitas vezes, apenas o de cumprir mínimos para receber subsídios europeus especificamente destinados a este tipo de empresas, que “supostamente” deveriam combater o desemprego. Existem também empresas privadas de recursos humanos, que pedem uma inscrição de preço elevado e que prometem mundos e fundos. Na maior parte dos casos não resultam em nada…