Chamada por muitos como circuncisão feminina, a mutilação genital de mulheres que consiste em diferentes tipos de cortes na vagina/vulva de meninas e raparigas entre o nascimento e os 14 anos, ou mesmo de mulheres, antes do casamento ou depois do primeiro parto associada à tradição de determinadas culturas e comunidades para reduzirem o adultério e a promiscuidade sexual, como forma de evitar a proliferação exponencial de doenças sexualmente transmissíveis está a preocupar a Organização Mundial de Saúde. Além de ser um acto bárbaro que provoca dores inimagináveis pelas extremidades nervosas muito sensíveis naquela zona, leva muitas vezes a infecções que radicam na morte. A dor crónica fica inúmeras vezes na vítima para o resto da vida, cicatrizes, infecções urinárias e genitais, dores e complicações no parto. Os danos psicológicos são graves na maior parte dos casos e irreversíveis: desconforto nas relações sexuais, medo de as praticar, ansiedade, depressão e outros sintomas pós-traumáticos. Em todo o mundo estima-se que sejam cerca de 140 milhões e na Europa já existem cerca de 500 mil casos registados. Este flagelo está em forte expansão, sobretudo em países de Leste, África e Ásia. É preciso combater este atentado à liberdade das crianças e jovens.