os serviços de saúde em Portugal não funcionam mal pelos edifícios, mas pelo boicote das máfias da saúde 
Envelhecimento dos serviços, redução de custos e falta de capacidade de resposta foi desta vez a desculpa inventada pela Administração Regional de Saúde para criar mais um negócio chorudo que envolverá a construção de um novo hospital para a região ocidental de Lisboa e que implicará o encerramento dos hospitais S. Francisco Xavier (Restelo), Egas Moniz (Belém) e Santa Cruz (Carnaxide), que no seu conjunto são a linha de Saúde de Lisboa Ocidental. Este novo Centro Hospitalar ocupará um espaço de 9 hectares e foi Pedro Abecassis, Presidente do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental que informou que o Governo pretende levar para a frente esta medida. No entanto, o Ministério afirma que não está prevista a médio prazo qualquer alteração no funcionamento dos três hospitais. O novo hospital abrirá em 2018 e poderá ser construído em Oeiras, para o que Isaltino Morais já se disponibilizou para ceder o terreno para o projecto. Actualmente o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental conta com 900 camas e realiza por ano uma média de 400.000 consultas. As unidades fazem 200.000 urgências, 50.000 sessões de Hospital de Dia e internam cerca de 30.000 doentes. Os três hospitais reúnem mais de 4.000 profissionais de saúde. Afinal de contas somos um país rico em estádios de futebol abandonados, centros de saúde encerrados e agora, hospitais carregados de equipamento (veja-se a recente unidade inaugurada no Hospital São Francisco Xavier) encerrados compulsivamente. Em resumo: não sofremos de crise, contrariando mesmo as economias mais ricas do Norte da Europa.
(in, Jornal Destak, 20.01.2010)
