em retaliação à queima do Corão pelas tropas norte-americanas no Qatar, a resposta é a vingança
Os talibãs instaram hoje os afegãos a atacar, espancar e matar tropas internacionais para vingarem a alegada queima de exemplares do Corão numa base militar norte-americana, mas não suspenderam contactos com os representantes dos Estados Unidos no Qatar.
O grupo encorajou os afegãos a não se cingirem somente a protestos, numa altura em que as manifestações antiamericanas se multiplicam um pouco por todo o país pelo terceiro dia consecutivo, após terem resultado em nove mortos na quarta-feira.
Num comunicado, os talibãs incentivam os ataques contra os Estados Unidos: "Vocês devem atacar as forças militares 'invasoras' e os seus aliados, matá-los, raptá-los, agredi-los e dar-lhes uma lição para que nunca mais se atrevam a insultar o sagrado Corão".
Na quarta-feira ao final do dia, o porta-voz dos talibãs, Zabiullah Mujahid, afirmou, em declarações à agência noticiosa AFP que a queima de exemplares do Corão não iria afetar os contactos com representantes americanos no Qatar.
"Condenamos a profanação do sagrado Corão de forma veemente", disse o mesmo.
Expulsos do poder, em 2001, pela coligação militar liderada pelos Estados Unidos, os talibãs lutam desde então contra o governo de Cabul e aliados da NATO presentes no país.