Ao longo dos últimos anos foi crescendo o "associativismo" a nível nacional. Mas este crescimento pouco ou nada tem de carolice. É que muitas associações nascem de "amizades promíscuas" com partidos políticos e com o poder local (juntas de freguesia a câmaras municipais) que as financiam, muitas vezes com verbas absolutamente surpreendentes. Associações que se multiplicam e desmultiplicam com funções já existentes noutras associações ou em serviços estatais, patrocinadas em todo o Portugal no valor de muitos milhões de euros. A razão de ser, é que a grande maioria destas associações apenas servem para desviar dinheiro para "amigos dos partidos" ou até para os próprios partidos de forma indirecta. São milhares de pontos de escoamento de verbas que na sua maioria apenas servem à corrupção descarada. Muitas destas associações mantém horários, expediente aparente, mas gastam os seus dinheiros em despesas ridículas quando nem sabem o que fazer dele, tais são os montantes envolvidos. Normalmente com poucos dirigentes no seu núcleo duro, os quais usufruem directamente destes proveitos, estas associações têm os mais variados nomes e funções, desde a ecologia, à juventude, ao desporto, ao apoio à 3.ª idade e, nalguns casos até funções políticas sem resultados directos na sociedade. O secretário de Estado da Juventude, laurentino Dias, por exemplo, disse recentemente que o número de associações juvenis aumentou 50% (de 1099 para 1613) nos últimos 3 anos e rejeitou qualquer corte nos apoios financeiros a este sector. E claro, cada uma delas com verbas de milhares de euros...