GOLFO DO MÉXICO: CATÁSTROFE PLANETÁRIA EM 18 MESES

o "acidente" da plataforma da BP parece agora mais um atentado terrorista

Se o derrame de petróleo no Golfo do México continuar ao ritmo a que tem jorrado, em 18 meses os mares de todo o planeta ficarão irremediavelmente poluídos. Não deixa de ser um paradoxo o facto de toda a vida humana contemporânea depender tanto de uma tecnologia de extracção que não prevê sistemas de contenção de acidentes deste tipo, apesar de ser uma indústria com cerca de 100 anos. Alguns cientistas norte-americanos esclareceram que a pressão a qual o petróleo é expelido para as águas do Golfo está entre 20.000 e 70.000 PSI (libras por polegada), dada a profundidade de 1500 metros aproximadamente o que torna quase impossível a sua contenção. A administração Obama está a tentar conter fugas de informação da comunidade científica sobre esta matéria dada a gravidade da situação, que ele próprio já comparou ao 9/11. A hipótese de atentado terrorista não está colocada de parte, já que este acidente teve início com explosões violentas durante a madrugada do fatídico dia. A plataforma flutuante acabou por afundar ao fim de 48 horas a arder intensamente, depois de uma equipa holandesa especializada não ter conseguido efectuar qualquer trabalho de extinção do fogo e resgate dos 11 desaparecidos.


Com uma mancha à superfície de já cerca de 80 km2, a quantidade de petróleo existente em toda a massa vertical de água oceânica é suficiente para extinguir toda a vida subaquática no Golfo do México e na Flórida. Devido à super alta pressão subaquática a 1.500 metros, o petróleo expelido ronda os 80.000 e 100.000 barris por dia. Este fluxo arrasta gases tóxicos, areia e cascalho o que cria um fluxo de jacto de areia no que resta da cabeça do poço que atualmente de alguma forma restringe o fluxo, tal como o próprio furo do poço. Como a cabeça do poço se torna cada vez mais desgastada à passagem do jacto de areia a alta pressão, o fluxo de petróleo também aumenta. Mesmo que algum aparelho fosse colocado sobre a cabeça do poço existente, isso não tamponaria ou estancaria o fluxo, porque a cabeça do poço já se encontra demasiado desgastada. O petróleo já alcançou a corrente do Golfo e está a entrar na corrente oceânica, que é pelo menos quatro vezes mais forte do que a do Golfo e que levará a todo o mundo o petróleo, em apenas 18 meses. O petróleo juntamente com os gases, incluindo a benzina e muitos outros productos tóxicos, esgotarão o oxigênio da água, o que matará toda a vida marinha.

O buraco da perfuração aumentará rapidamente face ao fluxo, pressão e temperaturas o que acabará por empurrar a cabeça do poço, permitindo um fluxo imparável, sem restrições, de muito maior intensidade. O buraco continuará a aumentar de tamanho permitindo mais e mais petróleo fluir para o Golfo. Depois de muitos bilhões de barris de petróleo já terem sido derramados, a pressão da cavidade a 8 km abaixo do solo do oceano começará a normalizar. Isso permitirá que a água, sob forte pressão a 1,6 km de profundidade, seja forçada a entrar para dentro da cavidade onde o petróleo estava. A temperatura a essa profundidade está perto de 200 graus centígrados, possivelmente mais. A água evaporará, criando uma enorme força na crosta terrestre, levantando o solo do Golfo. Consoante a quantidade de água que entrar na crosta terrestre assim será maior o seu impacto. As ondas do tsunami então criado andarão entre 6 a 24 metros de altura. Então o solo será engolido pela cavidade vazia, a única forma natural de bloquear a saída de petróleo. Dependendo da altura do tsunami, o cascalho do oceano, petróleo e estruturas existentes serão arrastadas pelas praias entrando terra adentro, deixando uma área de 80 a 320 km desprovida de vida. Mesmo que os escombros sejam retirados, a contaminação do solo e da água impossibitará a re-população por um período desconhecido de anos.

Há já quem diga que este desastre natural vai fazer desenvolver muitos negócios e que poderá ter sido "preparado" com o intuito de desenvolver a economia norte-americana nalguns sectores comerciais. A BP, pressionada pelo Governo de Obama criou um fundo de 20 mil milhões de dólares que pagará nos próximos anos os prejuízos de pessoas e empresas afectadas pelo pior desastre ecológico norte-americano. Um outro fundo de 100 milhões de dólares será criado para os seus funcionários que perderão o seu emprego.