5 anos desperdiçados num cargo que poderia ter servido para proteger os portugueses 
No seu anúncio de candidatura à Presidência da República, Cavaco Silva não apresentou nenhuma ideia nova, nenhuma vitalidade. Neste mandato, apesar das sérias asneiras de José Sócrates e do executivo socialista, Cavaco não dissolveu o Governo nem tomou medidas de força que ajudassem o povo português, em agonia. Na realidade, o actual Presidente da República comportou-se durante o seu mandato como um político reformado, não trazendo qualquer dinâmica à política portuguesa, já por si cada vez mais moribunda e infecta de insanidade e razoabilidade económica. Em torno dele gravitam ainda alguns nomes proeminentes do PSD, nomes que Cavaco "ajudou" enquanto Primeiro-ministro. Mas toda esta geração cavaquista está decadente, sem ideias. Esta decadência aliás já era esperada por muitos, visto que, assegurada já a vitória do PSD nas próximas legislativas, haveria que garantir que o PSD perderia o seu cargo de Presidente da República. A alternância PS-PSD cumpre-se assim, uma vez mais, ritualísticamente, desde 1986, sob o olhar dos basbaques impávidos. A corrupção política espera assim novos capítulos em Portugal. Venha outro. Este já vai fazer companhia ao reformado Mário Soares.
