Em tempo de austeridade, o Governo prevê gastar 23 milhões de euros no próximo ano em seminários e publicidade do Estado, mais seis milhões que este ano. Os gastos com publicidade vão aumentar 30 por cento e os gastos com Seminários e Exposições vão subir 46 por cento. No total, o Governo prevê gastar, no próximo ano, 23 milhões de euros com este tipo de despesas. O Ministério com mais gastos, desta natureza, é o da Presidência do Conselho de Ministros. O Orçamento do Gabinete de Pedro Silva Pereira, que inclui também o gabinete do primeiro-ministro, aumenta 500 por cento, ou seja, vai ter 3,5 milhões de euros para gastar só em publicidade. O Governo justifica este aumento de verba com os Census 2011, a operação de recenseamento da população, que é obrigatória, e por isso, diz o Governo ao Diário de Notícias (DN), tem de gastar em publicidade para informar e sensibilizar os cidadãos.
Fora deste dossier dos Census2011 estão vários milhões de euros a mais, por exemplo, o Ministério das Finanças vai ter mais três milhões de euros disponíveis para organizar Seminários e Exposições. A proposta de Orçamento do Governo prevê ainda mais gastos com transportes, 37 milhões de euros para os Ministérios gastarem em transportes. Há ainda 53 milhões disponíveis para pareceres, estudos e consultadoria. Mais dinheiro também para despesas com artigos honoríficos e até decoração: mais 300 mil euros, um reforço de 30 por cento em relação a 2010. Ainda de acordo com o DN, apesar do anúncio de congelamento de admissões na Função Pública foram publicados em Diário da República dezenas de anúncios para contratar novos funcionários, incluindo despachos assinados pelo ministro das Finanças Teixeira dos Santos, o mesmo que assinou já este mês de Outubro o despacho de suspensão imediata de todas as contratações, incluindo as que já têm os concursos e decorrer. Em Diário da república foram ontem [segunda-feira] abertos concursos para 245 novos funcionários.