Parece impossível que Manuela Ferreira Leite, derrotada nas eleições internas do PSD por Pedro Passos Coelho, venha a público tentar influenciar a decisão do actual presidente do PSD de chumbar o Orçamento de Estado. Mais incrível ainda foi a mesma opinião expressa por Marcelo Rebelo de Sousa no jornal da TVI. E absurdamente ainda mais incrível foi Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, utilizar a sua influência política para expressar a mesma opinião. É caso para perguntar: afinal porque estão estes políticos do PSD tão preocupados? A resposta é simples. Se este governo mudar, é toda uma geração de políticos do PSD e do PS que fica sem "tachos", sem "jobs for the boys" e todo um sistema baseado em tráfico de influências da Maçonaria, Opus Dei, llluminati, Bilderberg e de todos os clubes privados e sociedades secretas europeias, que mantêm os seus negócios de milhões através de tráfico de influências políticas. Mudar o sistema antes do tempo fará cair muitos negócios, muita corrupção. Muitos milhões interrompidos no seu circuito corrupto calmamente pré-estabelecido. É por isso que este Governo deveria mesmo cair e o seu orçamento para 2011 ser chumbado. Os impostos não pararão de aumentar e as regalias sociais dos portugueses não deixarão de diminuir com o actual Governo. Entretanto Sócrates e Teixeira dos Santos pedem aos portugueses para pouparem mas vão gastando milhões alegremente em obras faraónicas, em TGV's, em submarinos, em aviões para a Força Aérea, em festas de aniversários, em esculturas autárquicas de milhões...
O presidente do PSD disse, no entanto, ontem dia 11.10.2010, em Rio Maior, que, se não fossem as eleições presidenciais, estaria já a apresentar uma moção de censura ao Governo e não a discutir se deixava ou não passar o Orçamento do Estado (OE). Pedro Passos Coelho disse ser incompreensível que, depois de todos os cortes anunciados e mesmo com o OE aprovado, agências como a "Standard & Poors" continuem a colocar o défice em 8,8 por cento no final do ano. "Deixem-me dizer-lhes, se não estivéssemos em vésperas de eleições presidenciais, o que hoje estava a discutir em Portugal não era se deixávamos passar o Orçamento ou se o chumbávamos, era a apresentação de uma moção de censura a este Governo", afirmou. Para Passos Coelho, não é possível consentir que o Governo apresente um plano de austeridade em que "só as pessoas e as empresas é que apertam o cinto e o Estado não aperta nada". Para Passos Coelho, o país está a viver num ambiente de "irracionalidade, irresponsabilidade e inconsciência".