Bastou uma ida a Bruxelas para o primeiro-ministro voltar a abrir a porta às negociações com o PSD no Orçamento do Estado para 2011. "O Governo vai fazer mais um esforço para que o acordo seja possível e tenho a certeza que com a boa vontade de todos este será possível", disse José Sócrates à entrada para o Conselho Europeu. As conversas prévias com os principais líderes dos 27 trouxeram pragmatismo e reconhecimento que o Executivo português é minoritário e a procura de consenso é um imperativo. Sócrates reconheceu que a aprovação do Orçamento é vital para o País. "Isto é absolutamente determinante para a nossa credibilidade". Bruxelas foi ontem o centro de toda a política portuguesa. Também o líder do PSD participou numa minicimeira da sua família política, na qual se articulou com o Partido Popular Europeu (PPE). Pedro Passos Coelho garantiu não ter sido alvo de qualquer "pressão" por parte dos seus parceiros europeus, entre os quais se contam a poderosa chanceler alemã, Angela Merkel. Hoje, Passos voltará a falar de finanças, perante uma plateia de empresários, numa conferência organizada pelo Diário Económico em Lisboa.