TERRORISMO: ALERTA VERMELHO À FRANÇA POR POLÍTICAS NEO-NAZIS DE SARKOZY

Bernard Quarcini, director dos serviços secretos franceses discute com Sarkozy

Os serviços secretos franceses estão em alerta vermelho, devido a suspeitas sobre uma alegada bombista suicida, que em breve poderá atacar o metro de Paris. O ministro do Interior francês, que se recusou a fornecer detalhes sobre a ameaça, disse apenas que a vigilância no país tinha sido "reforçada". Na semana passada a Torre Eiffel, foi evacuada por ameaça de bomba. Uma fonte próxima do ministério confirmou à France Press que a polícia está a investigar os relatos que falam num ataque terrorista, de uma mulher, "mas que isso não é necessariamente a coisa mais preocupante". Em vez disso, a mesma fonte explicou que o governo francês está preocupado com informações confidenciais que obteve e que apontarão para um braço da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico, que está a planear um ataque em França. "É uma ameaça que pensamos que vai atingir os meios de transporte", acrescentou a fonte em causa. Segundo as autoridades francesas, a ameaça de um ataque terrorista poderá estar ligada ao rapto de sete funcionários da Areva - empresa francesa que constrói reactores nucleares - na Nigéria na semana passada. Cinco franceses, um togolês e outro cidadão de de Madagáscar foram capturados perto da cidade de Arlit, enquanto dormiam.

A proibição do uso do véu islâmico em locais públicos, aprovada pelo Senado francês na semana passada, pode ter agravado ainda mais a situação. No dia em que a medida foi votada, duas ameaças de bomba levaram ao encerramento temporário da Torre Eiffel e da estação de Saint-Michel, no centro de Paris, onde, em 1995, um atentado terrorista fez oito mortos. Depois da deportação de quase mil ciganos, o governo de Nicolas Sarkozy enfrenta ainda duras críticas por parte da comunidade internacional e, por isso há ainda quem defenda que esta ameaça possa não ser mais que uma manobra política, para desviar as atenções das polémicas em torno das políticas anunciadas por Nicolas Sarkozy nas últimas semanas.