ESTADO DE POLÍCIA - XIII: GOVERNO EGÍPCIO MANDA BLOQUEAR REDES SOCIAIS

as redes sociais podem ser um instrumento mais poderoso que o Wikileaks

As redes sociais Twitter e Facebook estão bloqueadas no Egipto, depois de milhares de pessoas saírem às ruas para protestarem contra o governo, exigindo a renúncia do presidente Hosni Mubarak que ocupa o governo há três décadas. A movimentação popular havia sido organizada via Twitter e Facebook, tal como na Tunísia. O site confirmou o bloqueio na noite de terça-feira e postou a seguinte mensagem: "Acreditamos que a troca aberta de informações e opiniões beneficia sociedades e ajuda os governos a terem um contacto melhor com o povo". De acordo com o site herdict.org, era impossível usar o site de microblogs - que permite trocar mensagens de 140 caracteres no máximo - a partir do Egipto desde a tarde de segunda-feira. A provedora Vodafone Egypt negou ter bloqueado o microblog. "É um problema em todo o Egipto e estamos à espera de uma solução", escreveu a empresa na sua conta no Twitter. O Twitter, assim como a rede social Facebook, desempenhou um importante papel na revolta que causou a saída do presidente tunisiano Ben Ali. "Fora Mubarak!", "A Tunísia é a solução!", gritavam os manifestantes diante de um grande aparato policial. A polícia usou jactos de água e força para conter a multidão. Quatro pessoas morreram e dezenas ficaram feridas no confronto.