O objetivo do plano de austeridade é reduzir o défice público de 7,3% para 4,6% do PIB daqui até ao fim do ano. Um corte drástico que precisa de medidas draconianas, como a redução de 5% de assalariados na função pública e um corte de 10% dos salários dos funcionários que ganhem mais de 1.500 euros mensais, uma subida de 1% do IRS e de 2% do IVA, além do congelamento das reformas e das prestações sociais. O problema é que a situação em Portugal é já extremamente difícil. O salário mínimo é de 475 euros. Um milhão de reformados vivem com 300 euros mensais. Dois milhões de portugueses estão abaixo do limiar da pobreza. 2.5% da população alimenta-se em cantinas de beneficencia. Até agora Portugal evitou um cenário à irlandesa, mas a população empobrece a passos de gigante.