Numa entrevista televisiva, Lili Caneças, amiga pessoal de Carlos Castro lamentou a morte do seu amigo por um jovem oportunista com perfil calmo e frío típico de psicopata, e que recebia presentes caros e viagens do seu "protector artístico". Lili usou da sua influência mediática para acusar Renato Seabra, antes mesmo de se saber quais os resultados prévios da investigação da polícia norte-americana, o que constitui um exemplo claro de como os VIP's em Portugal utilizam frequentemente o seu poder de imagem, junto de um povo inculto na sua grande maioria, para influenciarem a Justiça e a opinião pública, em favor dos seus amigos pessoais influentes e pertencentes aos meus grupos sociais e sociedades. Estes casos de opinion-makers influenciadores esteve bem presente em todo o caso da Casa Pia, também ele um caso relacionado com homossexualidade, prostituição masculina e pedofilía.
Renato poderá mesmo ter sido vítima de uma cabala macabra de Carlos Castro que, desde o seu aniversário em 5 de Outubro passado não parava de dizer que ainda morreria assassinado em Nova Iorque, a cidade que mais amava. Na última Gala Travesti no São Luís, Carlos Castro parecia confuso, pois entre comentários estranhos sobre a sua vida e morte, referiu publicamente estar muito apaixonado por um "miúdo" de Coimbra, uma "companhía", um "grande amor", segundo suas palavras. A muitos outros amigos Carlos Castro referiu ainda muitas vezes a sua vontade de morrer "bem", depois de uma vida bem gozada. Estranhamente Renato Seabra, um rapaz relativamente inocente, oriundo de uma zona rural, eludido pela sua tenra idade (20 anos) neste mundo VIP, da moda, da televisão, da capital lusa, onde o mundo da homossexualidade é transversal ao mundo da fama, do espectáculo e do consumo de todo o tipo de drogas e vícios sexuais. Carlos Castro criou, no teatro S. Luís na Gala Travesti, um estranho ambiente "pedófilo" pelas suas declarações provocativas, chamando "miúdo" a Renatoe apresentando-o inequivocamente, não como um acompanhante apenas mas como uma paixão arrebatadora. Declarações agora ainda mais suspeitas, quando se sabe que Renato e ele foram vistos várias vezes a discutir em Nova Iorque, tendo mesmo sido expulsos de um restaurante de luxo. No quarto de hotel, momentos antes da morte de Carlos, Renato terá gritado várias vezes: "já não sou gay" ou "não sou gay", o que indicía que Carlos Castro estaria a utilizar-se da sua posição e luxos oferecidos em troca de favores não apenas platónicos...
Renato poderá mesmo ter sido vítima de um script (guião) preparado ao milímetro por Carlos Castro, para se imortalizar? O assassinato, um dos hotéis de luxo mais conhecidos de Nova Iorque, ao estilo da Broadway que Carlos tanto gostava, a componente "gay" do motivo do crime, a trágica mutilação, o corte dos pulsos do suposto assassino, tudo ingredientes e garantias da imortalização da vítima pelo mediatismo inevitável desta morte, tal como uns anos antes, Gianni Versace. Renato Seabra terá mesmo dito à sua mãe por telefone que a comida lhe sabia mal e que estava farto de ali estar. Queria regressar. Sinais de que Seabra poderá ter sido drogado com psicotrópicos, enfurecido pelo maquiavelismo ou provocações constantes de Carlos Castro, um homem habituado a jogar com o cinismo no seu expoente máximo, e que pode ter levado Renato a cometer um acto de loucura para calar tanta provocação e tão insuportável. Terá sido Renato envolvido numa cabala sem o saber? Todos os sinais assim o indicam. Resta saber se a verdadeira verdade vai ser descoberta e revelada para permitir que a defesa de Seabra seja justa e não permita alguém ser condenado a prisão perpétua, alguém que pode ter entrado num guião de novela, sem o saber. Em nome da verdade, esperamos que este caso seja justamente julgado pelas entidades competentes. As atenuantes de Renato Seabra parecem acumular-se, pois um assassinato a quente,, fruto de uma violenta discussão, nunca pode ser equiparado a um homicídio ou mesmo a um suicídio premeditado e frío, caso tenha sido essa a verdade por detrás dos factos.