Segundo o Jornal de Notícias, estão em lista de espera 334 instituições nos 16 Bancos Alimentares que operam em Portugal Continental. Destas 59 ainda estão a ser avaliadas. As restantes 275 não podem ser ajudas regularmente porque não existem alimentos em quantidades suficientes para distribuir cabazes razoáveis. “Não podemos distribuir menos de 30 quilogramas por pessoa/ano”, explicou ao “Jornal de Notícias” o presidente do Banco Alimentar de Leiria-Fátima, com 33 instituições em lista de espera. Também no Porto, há instituições nesta situação porque não existem alimentos suficientes. “Estamos em crise e há mais desemprego. Até nos chegam pedidos directos de pessoas”, contou Rui Leite de Castro, responsável pelo Banco Alimentar local. O cenário repete-se em vários Bancos Alimentares, nomeadamente em Abrantes, Algarve e Santarém. Actualmente, são 280 mil as pessoas que recebem a ajuda do Banco Alimentar, através de 1800 instituições. Este fim-de-semana realiza-se mais uma campanha nacional. Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, afirmou que, actualmente, a campanha “é muito mais necessária, uma vez que devido à crise há muitas mais famílias que precisam de ajuda para poder sobreviver”. “Nesta campanha, esperamos que muitos portugueses percebam que basta uma pequena contribuição para fazer uma grande diferença na vida destas pessoas”, sustentou.