Merkel fortemente pressionada a não ajudar mais países europeus em colapso económico 
A Finlândia pode vir a bloquear a ajuda financeira a Portugal já que várias sondagens realizadas no país, revelam que os cidadãos consideram um desperdício emprestar dinheiro a Portugal porque está numa situação de bancarrota. A Finlândia vai a votos no próximo domingo para escolher um novo Parlamento e os partidos eurocépticos estão a tentar capitalizar a situação difícil em Portugal, encontrando-se em vantagem nas intenções de voto. Os partidos eurocépticos finlandeses consideram que Portugal devia abandonar a Zona Euro, sendo que neste país o Parlamento - e não apenas o Governo - têm de aprovar a ajuda financeira a conceder a nível internacional. Os resgates financeiros obrigam a unanimidade na UE e, se o Parlamento finlandês recusar a ajuda a Portugal, as actuais regras do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira poderão ter de ser alteradas. "A situação está a ficar cada vez mais apertada. As sondagens de terça-feira mostram que 48% estão contra a ajuda a Portugal e contra o reforço do Fundo Europeu de Estabilização", disse Martti Salmi, conselheiro do ministro das Finanças Finlandês, ontem, à agência Reuters. Se a Finândia bloquear o apoio a Portugal, estimado em 80 mil milhões de euros, isso pode reforçar a mesma posição na Alemanha, onde já há muitas vozes contra o mecanismo de apoio. O próprio comissário europeu dos Assuntos Económicos e Financeiros - de nacionalidade finlandesa -, Olli Rehn, reconheceu o aumento da oposição ao apoio a Portugal. Mas apelou aos seus compatriotas para serem responsáveis face aos desígnios da moeda única. Portugal é o terceiro país, depois da Grécia e Irlanda, a pedir apoio para não entrar na bancarrota e a opinião pública finlandesa está a ser cada vez mais secundada perla de outros países como a Eslováquia e Holanda, a par da já referida Alemanha.
