O Fundo Monetário Internacional (FMI) e a União Europeia (UE) vão propor alterações ao mercado da habitação em Portugal, substituindo o conceito de casa própria pelo arrendamento e "dinamizando" o mercado - seja pela quantidade de casas disponíveis, seja pelos preços. Os peritos, Governo incluído, argumentam que os preços têm margem para subir - há muitas rendas que não reflectem o real valor das casas, o mercado está desvalorizado e as famílias estão demasiado endividadas e amarradas à prestação da casa. Isto num país onde cerca de 76% têm casa própria, um dos valores mais altos em 17 países. A solução, segundo o FMI, passará por apostar no arrendamento e aumentar o preço das casas, para assim travar o endividamento das famílias.