GERAÇÃO À RASCA, A PRIMEIRA DE VÁRIAS GERAÇÕES DE POBRES

12 de Março, um 25 de Abril invertido: entrámos num período de amarração económica

A manifestação de 12 de Março da Geração à Rasca marcou o princípio do fim do actual governo de Sócrates e Teixeira dos Santos que deixou de rastos o estado social português. A classe média está a desaparecer a uma velocidade vertiginosa. O processo é já imparável. O FMI apenas será o carrasco de um processo governativo decadente que atacou as bases da família portuguesa, da dignidade social e das leis mais básicas da economia lusa, baseada nos pequenos negócios e comércio de rua. Agora as empresas pequenas e médias fecham portas, fruto de uma política de incentivo aos gigantes, às fusões, despedimentos em massa e favorecimento de multinacionais e de corrupção de milhões como nunca se viu. Depois do FMI os portugueses ficarão durante vários anos a pagar a dívida que está para trás. A que está para ser criada ainda é mais preocupante. Não haverá crescimento económico. Não haverá emprego. As multinacionais que ainda garantem algum emprego, depois de terem recebido chorudos apoios financeiros da UE para se instalarem e criarem emprego, abandonam os seus compromissos sem honra e, nalguns casos até, com alívio. O país perdeu anos de investimento de milhões, de subsídios açambarcados pela corrupção e pelos lobbies políticos e financeiros. Agora voltamos aos anos de pobreza, aos anos 60 de um Portugal rural e pobre, sem tecnologia, com pouco comércio, sem dinheiro. Voltaremos à agricultura como forma de subsistência. Sairemos do Euro. A bancarrota é um cenário possível, já a curto prazo. A economia parada, trará a paz e tradicional lentidão típica dos países pobres. Quem não tiver dívidas subsistirá. Quem perdeu tudo, resta-lhe as ruas e a vida de pedinte. Os jovens, esses, já começaram finalmente a perceber que o futuro já não é às cores, mas cinzento, muito, muito cinzento. Quase negro.