O ex-presidente cubano, Fidel Castro, acusou hoje Estados Unidos, Israel e Reino Unido de organizarem uma "carnificina" de cientistas iranianos e de a terem elevado a "política oficial", divulga a Efe. "Não me lembro de outro momento na história em que o assassínio de cientistas se tenha convertido em política oficial de um grupo de potências equipadas com armas nucleares", afirma Castro, num artigo divulgado hoje na imprensa oficial, sob o título "Que diria Einstein?" O líder cubano refere-se aos atentados que em novembro provocaram a morte, em Teerão, do cientista nuclear iraniano Mayid Shariari e ferimentos no seu colega Fereydun Abbasi. O governo de Teerão responsabilizou por este ataque os serviços secretos de Estados Unidos, Israel e Reino Unido e indiretamente a própria Organização das Nações Unidas. Castro adianta ainda que "existem outros acontecimentos graves relacionados com a carnificina de cientistas, organizados por Israel, Estados Unidos e Reino Unido e outras potências contra os cientistas iranianos, sobre os quais os grandes meios de comunicação não informam a opinião mundial". O ex-presidente de Cuba afirma ainda que "se não fosse a revolução iraniana (...) hoje seria o xá da Pérsia, dotado de armas nucleares, e não Israel, que seria o baluarte principal do império 'yankee' e da NATO nessa região tão estratégica e imensamente rica em petróleo e gás para o fornecimento seguro dos países mais desenvolvidos do planeta".