Em Abril deste ano o grupo Ongoing - proprietário do Diário Económico e um dos maiores accionistas da Portugal Telecom - ameaçou avançar com um pedido de impugnação da eleição da administração da Impresa, na sequência de uma assembleia-geral, que ficou marcada pela polémica. A Ongoing dizia então que a eleição da administração liderada por Francisco Pinto Balsemão era ilegal, uma vez que o presidente da mesa teria excluído de forma indevida uma proposta sua para indicar um dos administradores. Em causa estava o facto de o presidente da mesa da Impresa - que tem as sociedades controladas por Pinto Balsemão como accionistas maioritários, com 51% - ter considerado que a proposta apresentada pela Investoffice - que é detida pela Ongoing e tem 18% da Impresa - não poderia ser apresentada. Desta forma o grupo liderado por Pinto Balsemão dava os primeiros passos para manipular com antecedência todo este processo, um estilo aliás muito Bilderberg. Antes desta estratégia "suja", a notícia de que Jorge Silva Carvalho tinha saído da chefia dos Serviços de Informação para a Ongoing para trabalhar com mais dois ex-espiões nessa empresa.Segundo o Expresso (jornal de Pinto Balsemão), o ex-director do SIED - Serviço de Informações Estratégicas de Defesa - terá passado dados para fora do serviço nas últimas semanas em que ocupou o cargo e que permitiam à Ongoing, via Impresa, via Pinto Balsemão, ter acesso a informações priviligiadas que permitiriam Pinto Balsemão, dono da SIC, adquirir a parte da RTP a privatizar, venda que Passos Coelho viria a anunciar publicamente pouco depois de tomar posse, isto depois de ser eleito com total apoio de, justamente, Pinto Balsemão, o Bilderberg n.º 1 de Portugal e também militante n.º 1 do PSD. Tudo coincidências, claro...Também é mundialmente conhecido a "sede" dos Bilderberg em dominarem e manipularem TODA a informação que circula nos noticiáros televisivos e naageneralidade dos mídia. Elementos apurados pelo Expresso, indicam que Jorge Silva Carvalho, que deixou o SIED a 1 de Dezembro de 2010, terá passado informações à Ongoing, empresa que posteriormente o contratou, e onde começou por estar encarregado de criar um núcleo de informações e análises estratégicas, utilizando as suas informações privilegiadas obtidas nos Serviços de Informação. Actualmente presta assessoria à Ongoing. No parecer anual que tem de fazer chegar à Assembleia da República, o Conselho de Fiscalização dos Serviços de Informação (CFSI) defende que um alto dirigente dos serviços secretos não possa passar para o privado sem cumprir um período de nojo. Notícia relacionada: http://dissidentex.wordpress.com/2011/05/07/o-psd-e-o-expresso-propaganda-eleitoral-disfarcada-de-jornalismo/.