Espanha deu passos importantes na resolução das dificuldades económicas, mas são necessários novos esforços "com urgência", afirma o FMI, que divulgou projecções macroeconómicas mais pessimistas que as do Governo. Em relatório sobre a economia espanhola, o Fundo Monetário Internacional (FMI) comentou que “a agenda política [de reformas económicas] é difícil e urgente, não pode haver qualquer desaceleração no ímpeto de reformas”. O organismo defendeu que são necessárias “medidas adicionais e urgentes” para normalizar as contas públicas. Isto porque, diz o FMI, os objectivos de consolidação orçamental do Governo são baseadas em projecções económicas “optimistas”. O FMI prevê que o PIB de Espanha cresça 0,8% este ano e 1,6% em 2012, ao passo que o Governo confia num crescimento de 1,3% em 2011 e de 2,3% no próximo ano. Assim, o défice orçamental deverá cair para 6,2% do PIB em 2011 (superior aos 6,0% previstos pelo Governo) e para 5,1% em 2012 (contra os 4,4% esperados pelo Executivo). O FMI chamou ainda a atenção para o risco de que algumas das mais importantes regiões de Espanha possam falhar os objectivos orçamentais. A Moody’s colocou esta manhã o “rating” de Espanha sob vigilância negativa. Horas depois, Zapatero convocou eleições antecipadas para Novembro.