José Seguro ficou “chocado” e Francisco Assis classificou estreia de Passos como um “mau começo”. Maria de Belém encenou a estratégia do benefício da dúvida ao corte equivalente a 50% do subsídio de Natal anunciado pelo Governo, mas a líder interina da bancada do PS foi rapidamente ultrapassada pelos seus deputados. O PS está mesmo contra o primeiro anúncio parlamentar da nova maioria. António José Seguro acusa Pedro Passos Coelho de incoerência e diz que ficou "profundamente chocado". Para Francisco Assis, o primeiro-ministro teve "um mau começo, com um discurso vago". Já o deputado João Galamba foi mais longe e questionou os desvios orçamentais que, diz o Governo, justificam esta receita adicional de 800 milhões de euros. PS e PSD trocaram os papéis, quem estava no Governo passou agora para a oposição, mas as contas de um continuam a não bater certo com as contas do outro. Pedro Passos Coelho provocou um silêncio profundo no Parlamento quando, tendo por base os dados do INE sobre a execução orçamental do primeiro trimestre, anunciou uma "medida fiscal temporária equivalente a 50% do subsídio de Natal acima do salário mínimo". O PS acusou: "Disseram [em campanha eleitoral] que era preciso cortar nas gorduras do Estado e nos consumos intermédios, mas foram precisamente cortar nos salários de toda a gente", atirou Pedro Marques.