JOSÉ SEGURO APOIADO PELA MAÇONARIA DO PS PERDE DEBATE TELEVISIVO PARA ASSIS

"vamos manter o nível do debate" pediu Seguro a Assis

Há quem diga que José Seguro (que também tem as iniciais maçónicas - JS - de José Sócrates, João Soares, Jorge Sampaio, ex-líderes do PS) poderá ser o próximo candidato à Presidência da República, já que à partida não ganhará a liderança do partido. Há quem diga que andou a participar em jantares com todas as lojas maçónicas do país, antes das últimas legislativas na tentativa de se promover dentro das elites do PS. O Jornal Expresso comentou assim o debate: «Com o Partido Socialista amarrado ao memorando da troika e ao suicidio económico de políticas recessivas, Francisco Assis e António José Seguro não tinham, no fraquíssimo debate de ontem, na SIC Notícias, nada para dizer sobre o País. Restou a Europa. Bom tema. E o que os dois defenderam, da emissão de eurobonds ao aumento do orçamento da União, subscrevo por baixo. Só lamento que não bata certo com o euroconformismo que dominou o partido, incluindo estes dois candidatos, nos últimos anos. Basta recordar a recusa do PS em debater o trágico Tratado de Lisboa para perceber que acordaram tarde para os beco sem saída em que a Europa se enfiou. Pior: não estou seguro que este súbito sentido crítico em relação aos caminhos da UE não seja mais do que uma fuga para a frente perante a sua própria ausência de discurso sobre políticas de Estado. Suspeito que, regressados ao poder, voltem a defender a tese do "bom aluno europeu". Quanto ao estilo, e apesar de tudo o que me afasta do candidato a derrotado, a coisa é óbvia: Assis é mais estruturado, mais corajoso e mais denso. António José Seguro exibiu, neste debate, um confrangedor vazio político. E é pena. O PS precisava, como contraponto ao socratismo mais elaborado de Assis, de algo mais do que o refugo do guterrismo. Resumindo: a proposta de Assis é pouca coisa, a resposta de Seguro é a mesma coisa de sempre. Falso: ele quer um laboratório de ideias. Parece-me excelente. Podia ir lá buscar uma ou duas, para dar algum conteúdo aos seus "valores".» (in, Jornal Expresso).