Adequar o volume de negócios ao quadro de pessoal é objectivo dos interessados no banco. Mais de um terço dos funcionários do BPN poderão ser afectados com os cortes de pessoal da segunda fase de reestruturação do banco que se pretende agora concluir com a sua alienação. São cerca de 600 trabalhadores sinalizados por alguns interessados na privatização como o número que permitirá reforçar a rentabilidade do banco nacionalizado em 2008. A redução do actual universo de 1.600 colaboradores já foi admitida pelo presidente da CGD. Fonte oficial do BPN recusa avançar com uma estimativa de corte de pessoal, mas o Diário Económico sabe que é entendimento da administração do banco e dos interessados na privatização que a sua estrutura tem de se adequar à redução ao nível do crédito a clientes (bruto), que registou uma diminuição de 2,2% face a 31 de Dezembro de 2010, ascendendo no final de Março de 2011, a 3,7 mil milhões de euros. E levam ainda em linha de conta a evolução dos recursos captados de clientes: quebra de 8,8% relativamente ao final do último exercício, situando-se nos dois mil milhões de euros. Um dos bancos interessados, o BIC Angola, admitiu esta semana que cerca de um terço (528) dos trabalhadores do BPN não será abrangido pelo projecto BIC.