Sarkozy e Merkel são os "homens" do leme deste Titanic errante europeu
Os mercados são como crianças que gritam e que se calam quando recebem um doce: reagiram com euforia às decisões da cimeira do euro. Mas a crónica desta crise tem revelado que o humor dos investidores é fogo que arde mais rápido do que velas ao vento. Porque há acordos sobre tudo e detalhes sobre quase nada. E desta vez, não é muito diferente. Não foi a cimeira "decisiva" que se prometia, não foram dadas as respostas "concretas" e "abrangentes" que justificaram o adiamento, por duas vezes, do dia "D", e forçaram ao maior frenesim de que há memória em Bruxelas. Espanha e Itália não podem dormir mais descansadas, Grécia não vai ter menos austeridade, e Portugal não pode ousar desviar-se um milímetro do que prometeu à troika, mesmo que isso signifique mais recessão.