DESEMPREGO ACELERA NO SECTOR DA CONSTRUÇÃO

a construção nova, mais cara e burocrática, está em queda livre face a outras opções

O sector da construção continua a perder emprego, sendo que 14,7% dos desempregados em Portugal são oriundos desta área de actividade. Segundo a análise de conjuntura da FEPICOP (Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas) “o número de desempregados oriundos da Construção e inscritos nos centros de emprego tem vindo a aumentar o seu peso no número total de desempregados, tendo atingido o máximo de 14,7% nos meses de Maio e Junho de 2011 (que compara com 9,7% apurados no início de 2008). Em Julho último e em termos absolutos, encontravam-se registados no IEFP, 69.949 desempregados oriundos da Construção”, diz o comunicado. O investimento no sector caiu 12%, com as empresas a sofrerem os efeitos da crise na carteira de encomendas. “Segundo as respostas dos empresários, a dimensão média da carteira de encomendas assegura, em 2011, 8,0 meses de produção, quando, há um ano atrás, as empresas podiam contar com 8,5 meses de produção garantida”, diz a FEPICOP. O segmento de edifícios residenciais continua a ser o que apresenta opiniões mais negativas por parte dos empresários, “quebras acentuadas no licenciamento de novos fogos habitacionais, o qual registou, até final de Julho, uma redução homóloga de 31,1%, que se segue a uma longa série de quebras anuais observadas desde o ano 2000”. A área da engenharia civil, o indicador que mede a evolução do mercado de obras públicas também tem vindo a cair consideravelmente.