24 de Novembro, simbolicamente um ano depois da greve-geral que "demoliu" o Governo Sócrates
As duas principais centrais sindicais deverão anunciar esta manhã a marcação da greve geral para o dia 24 de novembro, avança a Rádio Renascença. Um ano depois de uma contestação que uniu CGTP e UGT contra as medidas de austeridade do Executivo Sócrates, a paralisação deste ano vai contestar um Orçamento do Estado draconiano, com cortes sem precedentes nos rendimentos das famílias portuguesas e uma sobrecarga fiscal incomportável pela maioria das famílias, a viverem já no limite das suas forças.
Trata-se de um dia simbólico, já que há exatamente um ano o país parava numa greve geral convocada pela CGTP, a que aderiria posteriormente a central de João Proença. A paralisação de 2010 marcava ainda a primeira iniciativa do género a unir CGTP e UGT em duas décadas.
A greve geral do próximo 24 de novembro deste ano acaba no entanto por congregar vontades inequívocas de ambos os lados - tendo inclusivamente resultados de negociações -, o que resulta do anúncio de um Orçamento do Governo PSD-CDS que não deixa dúvidas quanto aos tempos de apertada austeridade e imposição de sacrifícios: o plano com que o primeiro-ministro Passos Coelho pretende atalhar crise custará a grande parte dos trabalhadores da função pública e do setor empresarial do Estado os subsídios de férias e de Natal durante dois anos.