NATO QUER CONTROLAR A INTERNET ATRAVÉS DE PORTUGAL E CHAMA-LHE "ESCOLA"

o financiamento desta "escola" da NATO com dinheiros públicos será uma vergonha

A instalação da Escola de Sistemas de Comunicação e Informações em Portugal pode ser dificultada devido às actuais dificuldades financeiras. Mas as restrições são gerais entre os aliados, confirmaram dois dos mais importantes comandantes da NATO hoje em Lisboa. A NATO atribuiu ontem ao Governo português a responsabilidade de indicar o local em que será instalada a futura Escola de Sistemas de Comunicação e Informações, que irá transferir-se de Itália para Portugal no decorrer do próximo ano. Esta escola é o resultado da redução do comando NATO em Oeiras ratificada no Verão passado na sequência da reforma da estrutura militar da NATO. Mas "é muito cedo para definir" o prazo da instalação da escola em Portugal, disse esta quinta-feira em Lisboa o almirante Giampaolo Di Paola, ‘chairman' do Comité Militar da NATO em Bruxelas. "A decisão é do Governo português e esperamos que aconteça o mais rápido possível, porque quanto mais depressa melhor", referiu por seu lado o general francês Stéphane Abrial, Comandante Supremo para a Transformação da NATO no mesmo encontro com jornalistas portugueses à margem de uma reunião anual com o Comité Militar. Portugal vai receber a Escola de Comunicações da NATO, actualmente em Itália, além da STRIKEFORNATO, uma força aéronaval localizada em Nápoles e que substitui o Comando Conjunto de Oeiras. A localização da Escola, no entanto, poderá tornar-se um processo mais complexo, porque vai obrigar o Governo português a encontrar uma estrutura adequada ou a construir de raiz, o que é entendido pelas estruturas militares portuguesas como menos provável devido às actuais restrições financeiras e ao modelo de austeridade imposto pelo Orçamento do Estado para 2012 que decorre da necessidade de ajuda externa. A avaliação de necessidades deverá estar concluída até ao final deste ano.