PATRÕES QUEREM MAIS HORAS DE TRABALHO

medidas brutais para a classe média repetem os erros da Alemanha pré-nazi  

Gestores defendem ainda corte nas férias e feriados. Passos Coelho deveria ter sido mais ambicioso no aumento da carga horária aplicada ao sector privado. Medida que os empresários contactados pelo Diário Económico preferem à redução da taxa social única (TSU). Reorganizar os feriados e cortar no subsídio de férias e de Natal do sector público também são decisões acertadas. "Talvez pudéssemos ter ido mais além e ter chegado a uma hora" de trabalho extra, diz Pires de Lima, presidente da Unicer, que defende ainda o corte nas férias e a reorganização dos feriados. "Aumentar a carga horária em meia hora é suportável, vai aumentar a competitividade e a produtividade", reforça Pires de Lima, em sintonia com as ideias defendidas por Passos. João Costa, presidente da Red Oak, acredita que esta é uma boa alternativa a mexer na TSU e que este "é um esforço que qualquer pessoa está capaz de fazer". Uma posição semelhante a de António Mota, presidente do grupo Mota-Engil: "Não tive oportunidade de ouvir o discurso do primeiro-ministro, mas parece-me bem que se aumente a carga horária. Nós trabalhamos pouco".