FUKUSHIMA ABANDONADA, A NOVA CHERNOBYL

explosão atómica iminente leva a aumento do raio de segurança para 40km

Tóquio aumentou ontem de cinco para sete na escala internacional INES o grau do acidente em Fukushima, cujos quatro de seis reactores foram danificados gravemente por um sismo de 8,9 e o tsunami que se seguiu. Apenas Chernobil tinha atingido o mesmo grau na escala dos acidentes nucleares, mas o governo japonês tentou demonstrar que há diferenças significativas entre os dois casos, pois em Fukushima a emissão de partículas radiação é de entre 10 e 20% do que se registara na Ucrânia. Mas, diz o International Herald Tribune, um membro sénior da empresa que gere a central, a Tepco, lançou a confusão ao admitir que a fuga de radiação possa ultrapassar a do acidente de 1986. "A fuga de radiação não passou completamente e a nossa preocupação é a de que possa eventualmente ultrapassar Chernobyl", afirmou Junichi Matsumoto. Hidehiko Nishiyama, director-geral do regulador nuclear japonês, disse não entender as palavras do responsável da Tepco, admitindo que a empresa está a ser "prudente e a pensar no pior cenário possível, para não ser acusada de ser optimista".