MASSACRES INFANTIS EM ESCOLAS CADA VEZ MAIS FREQUENTES

perante o desespero da crise mundial parte-se desta vida deixando uma "marca"

O massacre mais brutal da história do Brasil, ocorrido no dia 7 de Abril na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, durou cerca de 15 minutos. Nesse período, o ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, disparou mais de cem tiros em duas salas do colégio. Ao todo, 12 crianças morreram – dez meninas e dois meninos. Quatro crianças ficaram ainda em estado grave. Uma testemunha contou que Wellington usava auriculares e ria enquanto atirava. Ele entrou na escola de mil alunos – 400 naquele turno da manhã – depois de dizer que tinha ido buscar seu certificado escolar. Bem vestido, de camisa verde, calça e sapatos pretos e mochila nas costas, subiu diretco para a sala de leitura, onde foi reconhecido pela ex-professora Doroteia. “Veio fazer palestra para os alunos?”, perguntou ela, referindo-se à programação de encontros com ex-alunos bem-sucedidos para comemorar os 40 anos da escola. Não era o caso de Wellington. Doroteia pediu que ele esperasse, pois estava ocupada. Minutos depois, começou a tragédia. Ele saiu da sala, largou a mochila, colocou o cinturão com carregadores, entrou numa sala e anunciou: “Vim fazer a palestra”. Em seguida, mirou na cabeça das crianças da primeira fila e disparou com um revólver 38. A outra arma, um revólver 32, não foi usada. Meninas eram a maioria na sala e sentavam-se na primeira fila, segundo a polícia. Segundo relatos, ele mandava que os alunos fossem para a parede. Indiferente às súplicas, atirava na cabeça. Alguns estudantes refugiaram-se debaixo das mesas. Outros tentaram fugir. Quando Wellington parou de atirar para recarregar a arma, Patrick Figueiredo, de 14 anos, saiu correndo de mãos dadas com uma amiga. Wellington disparou contra a menina, Patrick escorregou numa poça de sangue e quebrou o dedo do pé. Em seguida, Wellington foi para a sala da frente e fez novos disparos. No andar de cima, uma professora ouviu os tiros e mandou que os adolescentes subissem para o auditório, no 4.º andar. Alguns professores trancaram a porta e colocaram cadeiras e armários para bloquear a entrada. A tragédia estava consumada. O homem suicidava-se de seguida.