Contribuinte vai pagar as dívidas da Estradas de Portugal que foram em 2010 de mais de 2 mil milhões de euros. Estado fica obrifado a pagar a conta o que é o mesmo que dizer que vão ser os portugueses, para lá do agravamento já sentido pelo acordo da Troika. Mas o pior ainda está para vir. Algumas estradas cuja construção já teve início poderão não ser concluídas. depois coloca-se também o problema da manutenção. Quanto mais estradas, maior o custo anual para a sua dispendiosa manutenção, sobretudo auto-estradas e vias rápidas, precisamente a grande aposta do Governo de Sócrates. Com a crise as receitas das portagens não permitirão fazer face a essas despesas. A gravar, a crise do preço do petróleo, que não pára de aumentar, trará uma retracção do número de veículos nas estradas. Durante o período salazarista conseguia-se manter um sistema viário eficaz à custa de estradas nacionais e regionais bem desenhadas e implantadas na paisagem e cuja manutenção era mínima, não só pela sua qualidade de construção, como pela estreita largura da faixa de rodagem. Hoje, essa manutenção é de muitos milhões anuais. É o que dá facilitar às máfias do betão, em troca de contrapartidas. "O povo é que paga" os erros decisórios de uma classe política inconsciente.