A luta contra o FMI, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu saíu às ruas de Lisboa, esta quinta-feira. No mesmo dia em que o Banco de Portugal estimou que as contrapartidas exigidas pela troika terão um impacto social “susbstancial”. E esta semana, os números do desemprego não deixaram dúvidas. Cresceu o volume de pessoas sem trabalho que ultrapassa largamente os 600 mil. 12.4 por cento, é a taxa. Como diz um manifestante, na primeira linha do protesto, está o FMI: “Manifestamo-nos contra o FMI, contra a precariedade. É necessário promover os nossos produtos nacionais. Acredito que podiamos lá chegar, sem necessidade do FMI.” Outro junta à troica internacional os três partidos que assinaram o memorando: “Estamos hoje aqui para lutar, trabalhadores de várias gerações, contra as medidas que a troika estrangeira quer impôr ao povo português, com a cumplicidade dos partidos que governaram o destino do país durante estes últimos 35 anos.” A ajuda internacional terá um envelope de 78 mil milhões de euros, com uma taxa de juro elevadíssima, superior a cinco por cento e com actualizações já prometidas. O Banco de Portugal adverte que o país passará por um período de recessão prolongado, que vai durar, pelo penos, até ao fim de 2012. Será acompanhado de uma retração sem precedentes, com o desemprego sempre a subir, diz o Banco Central. O vídeo em: http://pt.euronews.net/2011/05/19/trabalhadores-portugueses-contra-fmi.