Almeida Santos abriu a porta à sucessão de Sócrates. Politólogos dizem que “plano B” já está a ser ensaiado. A ordem no núcleo duro de José Sócrates é para que não sejam assumidos cenários de derrota e soluções de liderança para o ‘day after' às eleições. O secretário-geral do PS tem recusado falar da sua disponibilidade para abandonar a liderança do partido caso perca as eleições, mas os socialistas começam a dar sinais de que nos bastidores da campanha o cenário pós-Sócrates está em cima da mesa e a ser ensaiado. Depois de António Costa ter admitido no programa "Quadratura do Círculo" que há mais PS para lá de Sócrates, segunda-feira foi a vez de Almeida Santos, presidente do partido, romper o ‘tabu' e assumir não só o cenário de derrota do PS, como também aquilo que ainda ninguém tinha afirmado abertamente: que Sócrates não impedirá uma nova liderança se perder as eleições. Logo depois, era a vez de Francisco Assis, próximo de Sócrates, mas apontado como o seu possível sucessor, numa entrevista à TSF, elogiar Passos Coelho, caracterizando-o como "um homem com qualidade e capacidades". Estava lançada a ponte e Passos agarrou-a. Em campanha em Vila Real, o líder do PSD, disse, reagindo a Assis, que "não confunde" os socialistas com "alguns dirigentes" e avisou que o PS deve "preparar-se para ser alternativa de futuro". (in, Económico).