O director do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, foi detido neste sábado em Nova York, nos Estados Unidos, por delito sexual. Segundo o jornal The New York Times, Strauss-Kahn foi formalmente acusado de atacar sexualmente uma funcionária de um hotel. Agressão sexual, sequestro e tentativa de violação (por sodomização), levaram o FBI a detê-lo 10 minutos antes de partir para Paris, no avião da Air France no aeroporto JFK. Encontra-se neste momento sob custódia do departamento de polícia de Nova Iorque. onde está a ser interrogado. Dominique Strauss-Kahn é candidato às presidenciais da França que se realizarão em 2012 pelo partido republicano contra Sarkozy., e tal como Berlusconi já disse que é inocente em relação a este grave crime. Ex-professor de economia, Strauss-Kahn entrou para a política como deputado nos anos 1980. Depois, foi ministro das Finanças no governo do primeiro-ministro socialista Lionel Jospin, cargo que ocupou até 1999.
Strauss-Kahn já tinha tentado atingir a presidência da França pelo Partido Socialista em 2007 - numa campanha marcada por uma "frente anti-Sarkozy" -, mas perdeu para Ségolène Royal. Meses depois, foi escolhido para liderar o FMI tendo recebido inclusivamente apoio de Sarkozy, o que chamou a atenção de muitos críticos, que consideraram a nomeação uma estratégia de Sarkozy para o manter longe do pelotão de frente do partido socialista. Uma sondagem divulgada em abril passado mostrava que Strauss-Kahn venceria as eleições numa eventual disputa com Sarkozy na segundoa volta. O socialista teria 61% dos votos e o atcual presidente francês, 39%. Strauss-Kahn, que é casado com uma repórter de telejornal, já se tinha envolvido num escândalo, informa o New York Times. Em 2008, foi acusado de ter tido relações sexuais com uma de suas subordinadas, Piroska Nagy, funcionária do departamento responsável por questões da África no FMI. Na altura desculpou-se publicamente e foi mantido no cargo. O mandato de Strauss-Kahn à frente do FMI termina oficialmente em setembro de 2012, vários meses após a data das eleições presidenciais na França.