Entre 2005 e 2010, a dívida da Madeira disparou de 478 para 963 milhões de euros. Alberto João Jardim já avisara que, para não prejudicar o povo da Madeira, foi contraindo dívida para poder continuar a obra, resistindo assim àquilo a que chamou o "ataque financeiro" do anterior governo socialista. O resultado está à vista. Desde 2005, o primeiro ano de Executivo de José Sócrates, até ao final de 2010, a dívida contraída pela região mais que duplicou. À beira de eleições, Jardim assume agora problemas de liquidez e pede apoio ao actual Governo, com quem quer negociar um acordo. Os números da dívida fazem parte do Orçamento da Região da Madeira. Em 2005, a dívida estava nos 478 milhões de euros. Em 2010, segundo uma auditoria recentemente apresentada pelo Tribunal de Contas, a dívida já chegava a 963 milhões, mais 101,5%, ou seja, mais que duplicou em cinco anos. Os dados do Tribunal de Contas indicam que, entre 2009 e 2010, a dívida subiu 11,5%, ou seja, 99,4 milhões de euros. No discurso da ‘rentrée' política do PSD/M, em Porto Santo, o presidente do governo regional justificou a dívida da Madeira com o "ataque financeiro" do Governo socialista através da Lei das Finanças Regionais. E explicou a estratégia, adiantando que preferiu a "derrapagem financeira" para "resistir à agressão socialista (...) e agora poder negociar com o Governo que é liderado pelo PSD" a ter que se "render e ter parado com tudo".