Porque será que todas as empresas públicas do Estado dão prejuízos de milhões e no entanto os seus funcionários e administradores têm regalias de luxo? E porque apenas encerram algumas das centenas que existem sem se justificar no actual contexto de crise? Ao fim de 18 anos de actividade, a Parque Expo é finalmente extinta. É o ponto final numa empresa pública liderada, até agora, por Rolando Borges Martins e que, fechou o primeiro semestre deste ano com um passivo de 185 milhões de euros - um valor que traduz uma redução face aos 227 milhões de euros contabilizados no final do ano passado. Para esta redução terá contribuído o aumento de capital de 50 milhões de euros - subscrito pelo accionista único, o Estado -, dos quais 15 milhões foram realizados ainda em 2010. Não foi possível, contudo, apurar se os restantes 35 milhões de euros já foram disponibilizados à empresa. Fica, no entanto, por saber qual o organismo ou entidade do Estado que irá assumir o passivo financeiro da Parque Expo e qual o plano concreto do Ministério para o abater, em termos de pagamento, prazos e condições financeiras.