São mais de quatro os milhões de euros que os hospitais têm de repor aos médicos e enfermeiros que viram as suas horas extraordinárias de 2010 serem taxadas ilegalmente no início deste ano. A regularização da situação terá de ser feita dentro de dois meses. "Este assunto já foi decidido e a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) irá dar orientações aos hospitais para que, até Outubro, esteja tudo efectivamente resolvido", disse ontem fonte oficial da ACSS, revelando que o "montante em causa ronda os quatro milhões de euros". A reposição das verbas a milhares de profissionais tem vindo a ser arrastada e agora a ACSS vai dar ordens para que tudo fique resolvido até Outubro. O Ministério das Finanças disse que na sequência do despacho de 1 de Março "foram transmitidas instruções pela DGO à ACSS" no sentido de que deviam ser os hospitais a regularizar a situação. Em Junho, o presidente da Associação de Administradores Hospitalares, Pedro Lopes, falava na impossibilidade de alguns hospitais avançarem com as verbas, por dificuldades na tesouraria.