Os avisos sobre a degradação das perspectivas económicas multiplicam-se. O mundo vai crescer menos. O medo de uma nova recessão nos Estados Unidos e na Europa está instalado. Ontem, a Morgan Stanley avisou que os dois blocos económicos estão "perigosamente perto da recessão" e cortou as expectativas de crescimento mundial. Mas não foi a única. Os avisos de uma travagem a fundo multiplicam-se. "A revisão das nossas projecções de crescimento mostram os Estados Unidos e a zona euro a pairar perigosamente perto da recessão - definida como dois trimestres consecutivos de contracção - nos próximos seis a doze meses", advertiu Joachim Fels, um dos economistas-chefe do departamento de ‘research' económico da Morgan Stanley, num relatório publicado ontem. O cenário central que o banco está a utilizar não é o de um regresso à recessão, mas ainda assim a nota de ‘research' frisa que o fraco crescimento e o pânico nos mercados se alimentam um ao outro. É por isso que a Morgan Stanley já não espera novas subidas das taxas de juro directoras por parte do Banco Central Europeu, antecipando antes um corte dos juros no arranque de 2012. E para o crescimento mundial, as expectativas foram cortadas dos anteriores 4,2% para 3,9% este ano, com novo abrandamento do produto interno bruto (PIB) em 2012, cuja projecção passou de 4,5% para 3,8%.