GOVERNO CORTA 45% DAS CHEFIAS MUNICIPAIS

poupança de "cabeças" de dirigentes será de aproximadamente 55 milhões de euros

Poupança com redução de dirigentes será da ordem dos 55 milhões de euros. Cerca de 45% dos cargos dirigentes na administração local vão ser extintos, passando dos actuais 2.856 cargos de chefia para um total de 1.559, apurou o Diário Económico. Os dados serão revelados hoje pelo ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, durante uma intervenção na Universidade de Verão do PSD, que decorre em Castelo de Vide. Tendo em conta as remunerações dos dirigentes, de 4.512 euros brutos por mês, no caso dos directores municipais, e de 2.805 euros brutos, nos chefes de divisão, isso significa que a poupança estimada com a redução dos dirigentes municipais será da ordem dos 55 milhões de euros por ano. Ou seja, actualmente a administração local gasta cerca de 115 milhões de euros com os salários dos dirigentes municipais, uma verba que será reduzida para praticamente metade: 60 milhões. Para já, nos cargos de dirigentes superiores está prevista uma redução de 73%: dos actuais 132 directores municipais, ficarão apenas 35.[CORTE_EDIMPRESSA] Nos cargos de direcção intermédia dos municípios, o corte previsto é de 44%, passando a existir 1.524 chefes de divisão, contra os actuais 2.724. Tendo em conta a autonomia das autarquias, o Governo está agora a tentar encontrar o maior número de consensos possível para conseguir cumprir o objectivo de reduzir as chefias municipais, sabe o Diário Económico. No memorando assinado com a ‘troika' uma das medidas exigidas é a redução em pelo menos 15% dos dirigentes da administração pública. Para a administração local está ainda prevista a redução em 2% do número de trabalhadores municipais.