GOVERNO QUER SUSPENDER CONCESSÕES DE ESTRADAS EM CONSTRUÇÃO

estradas em construção não se justificam nas zonas interiores por existirem alternativas

O governo tem em curso uma profunda reavaliação da dimensão e dos custos com as concessões rodoviárias adjudicadas pelo executivo de José Sócrates. Estas representam um investimento de cerca de 3,5 mil milhões de euros em construção. A primeira prioridade é a suspensão de troços que ainda não estão construídos ou em construção, sempre que for possível e não se ponha em causa a viabilidade dos troços já construídos. O segundo alvo são os troços que não têm portagem ou perfil de auto-estrada. E, por fim, está a ser estudada a redução drástica das concessões na área de conservação e manutenção. A intenção de suspender alguns troços da concessão Baixo Tejo, noticiada ontem pelo "Jornal de Negócios", é o primeiro passo de um processo que pretende reduzir a factura do Estado nas sete concessões rodoviárias. A reavaliação de todos os troços por construir deverá ainda determinar que o Estado não invoque o interesse público para contestar providências cautelares que suspendam obras. Este é o argumento jurídico mais forte para contrariar a suspensão de obras por ordem do tribunal. A medida permitirá poupar 270 milhões de euros ao longo de 30 anos e será estendida a investimentos de outras concessões.