Portugal deverá receber em Setembro mais 11,5 mil milhões de euros do empréstimo acordado com o FMI e a UE. Isto depois de ter passado no primeiro teste da 'troika', ficando apenas dependente de aprovação oficial. Com a decisão, anunciada hoje, de dar nota positiva a Portugal ao cumprimento das metas estabelecidas pela 'troika', os responsáveis da missão irão agora enviar a sua avaliação para o conselho de administração do Fundo Monetário Internacional e para Bruxelas, recomendando que seja aprovada a transferência desta nova tranche. A aprovação da próxima tranche fica apenas suspensa até ratificação deste parecer no conselho de administração do FMI, e ainda em reunião do grupo de ministro das finanças da União Europeia (ECOFIN) e pelo grupo de ministros das finanças da Zona Euro (Eurogrupo), nos quais participam também o comissário europeu de assuntos económicos, Ollie Rehn, e o presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet. A missão, no comunicado hoje publicado na sua página oficial na Internet, e entregue aos jornalistas presentes na conferência de imprensa em Lisboa, espera que os fundos sejam transferidos em Setembro para os cofres do Estado português. Destes 11,5 mil milhões de euros que Portugal deverá receber, 7,6 mil milhões de euros vão chegar de Bruxelas - cerca de metade do fundo da Comissão Europeia (EFSM), e outra metade do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF, sigla em inglês) - e outros 3,9 mil milhões do mecanismo do FMI (o Extended Fund Facility). A missão conjunta deverá realizar a sua próxima avaliação em Novembro deste ano.