CDS QUER CORTES NOS GESTORES PÚBLICOS E NOS SEUS SALÁRIOS

Cecília Meireles denuncia o despesismo em tempos de austeridade

"Portugal tem empresas públicas a mais, gestores públicos a mais e endividamento a mais", assegurou Cecília Meireles, deputada do CDS, partido que interpelou o Governo sobre o sector empresarial do Estado (SEE). Lembrando que em matéria de empresas públicas "o único accionista é o contribuinte português", o CDS lembra que neste momento existem muitos gestores públicos com ordenados muito superiores ao do Presidente da República, lembrando que "não existe qualquer indexação". O CDS quer ainda que se possa "escrutinar os contratos de gestão". Uma matéria fundamental, uma vez que os gestores públicos costumam ter remunerações variáveis e estas estão indexadas a objectivos de gestão muitas vezes não devidamente quantificados. Ou seja, o CDS considera que a remuneração variável só se justifica se "o gestor efectivamente tiver atingido metas significativas". Por fim, os populares consideram ser necessário acabar "com as indemnizações desproporcionadas". Também o Bloco anunciou, pela voz de José Manuel Pureza, a apresentação de dois projectos de lei para limitar as remunerações dos gestores públicos. O líder parlamentar do BE defendeu ser necessário "credibilizar" o sector empresarial do Estado.